ATA DA DÉCIMA SEXTA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 10.08.1995.
Aos dez dias
do mês de agosto do ano de mil novecentos e noventa e cinco reuniu-se, na Sala
de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
dezessete horas e quarenta e três minutos, constatada a existência de
"quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da
presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao
Senhor José Barrionuevo, de acordo com o Requerimento nº 19/92 (Processo nº
0966/92), de autoria do Vereador Artur Zanella. Compuseram a Mesa: Vereador
Airto Ferronato, Presidente desta Casa, Senhor Nelson Proença, representante do
Senhor Governador do Estado, Jornalista Adauto Vasconcellos, representante do
Senhor Prefeito Municipal, Deputado Quintilhano Vieira, Presidente, em
Exercício, da Assembléia Legislativa, Senhor José Barrionuevo, homenageado e
sua esposa Marisa Barrionuevo, Senhor Luiz Melíbio Uiraçaba, Presidente do
Tribunal Regional Eleitoral - TRE e o Senhor Cláudio Bonatto, representante da
Procuradoria Geral da Justiça. Após, o Senhor Presidente registrou, como
extensão da Mesa, as presenças das seguintes pessoas: Aline e Diego, filhos do
Homenageado, dos Deputados Estaduais Sérgio Zambiazi, João Fischer, Arno
Frantz, Bernardo de Souza, Paulo Azeredo, Luiz Carlos Casagrande e Ledevino
Piccinini, dos Vereadores Mário Fraga, Clóvis Ilgenfritz, Luiz Braz, Pedro
Américo Leal, Isaac Ainhorn, Milton Zuanazzi, João Motta, Henrique Fontana e
Maria do Rosário, dos ex-Vereadores Frederico Barbosa, Wilson Santos, Hermes
Dutra e Bernadete Vidal, dos Senhores Clóvis Ferreti, Procurador Geral da
Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Rubens Ardenghi, Secretário Geral
do PTB, Mário Fichel, representando, neste Ato, o Delegado do Ministério da
Educação e Cultura no Estado, Coronel Irani Flores da Silva, representando o
Comando Militar do Sul, Jornalista Firmino Cardoso, representando a Associação
Riograndense de Imprensa, Antônio Karl Biedermann, Presidente da Associação
Comercial de Porto Alegre, Jorge Olavo Carvalho Leite, representando o Grupo
Hospitalar Conceição, Sérgio Schapke, Presidente do Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas, Hugo Filipini, representando a Diretoria da Companhia União de
Seguros Gerais, João Batista Brool, representando a Diretoria da Rádio Gaúcha,
Berfram Rosado, Presidente da Companhia Riograndense de Saneamento, Walter
Souza, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção
Civil de Porto Alegre, Humberto Cesar Busnello, representando a Federação das
Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul - FIERGS, João Carlos Bona Garcia,
representando a Fundação do Desenvolvimento de Recursos Humanos do Estado e
como Secretário Geral do PMDB, José Júlio Carucio, representando a Secretaria
de Desenvolvimento de Assuntos Internacionais do Estado, Mayer Avruch,
Presidente da SULGÁS do Estado, Gianfranco Cimenti, Presidente do Sindicato da
Indústria da Construção Civil de Porto Alegre e da Senhora Maria Teresa
Bastides, representando o Grupo Habitasul. Fez, ainda, a leitura de
"fax" remetido pelo Prefeito de Caxias do Sul, Senhor Mário Vanin.
Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome
da Casa. O Vereador Artur Zanella, como proponente e pela Bancada do PP,
elogiou a atuação do homenageado, dizendo que sua Coluna no jornal Zero Hora
reflete uma opinião importante e independente. O Vereador Nereu D'Ávila, pela
Bancada do PDT, disse que o Homenageado trata-se de um jornalista de amplitude
política, de dimensões muito grandes no Estado e que analisa os fatos de forma
responsável, restrita a verdade. A Vereadora Clênia Maranhão, pela Bancada do
PMDB, manifestou sua satisfação em poder homenagear José Barrionuevo, pela sua
inegável importância e contribuição ao jornalismo gaúcho. O Vereador Jocelin
Azambuja, destacou o profissionalismo do homenageado, que há mais de vinte anos
exerce dignamente sua profissão. O Vereador João Dib, em nome da Bancada do PPR,
saudou o homenageado, solicitando que continue no mesmo caminho, pesquisando a
verdade e fazendo o bem-comum. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada
do PFL, enfatizou a figura humana do homenageado e sua determinação
profissional. A Vereadora Helena Bonumá, em nome da Bancada do PT, disse que o
seu Partido possui divergências com o homenageado em relação aos rumos da
política e da Cidade, mas que isto faz parte de uma Imprensa democrática. O
Vereador Lauro Hagemann, em nome da Bancada do PPS, manifestou ao homenageado o
seu desejo de que continue transmitindo através de seus comentários, o mesmo
grau de intensidade que os cidadãos protoalegrenses vêem o momento político que
passamos. O Vereador Antonio Hohlfeldt, em nome da Bancada do PSDB, falou ao
homenageado, que na sua Coluna, a política deixou de ser a fofoca, o boato, e
se transformou na informação, com seriedade, dignidade e competência. A seguir,
o Senhor Presidente convidou o Vereador Artur Zanella para que, juntos,
fizessem a entrega do Diploma alusivo ao Título ora outorgado ao Senhor José
Barrionuevo, concedendo, logo após, a palavra a Sua Senhoria que agradeceu por
essa homenagem a todos os presentes e à Casa. Às dezenove horas e dez minutos,
nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, agradecendo a presença de todos e convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelo Vereador Airto Ferronato, nos termos regimentais e secretariados
pelo Vereador Artur Zanella, Secretário "ad hoc". Do que eu, Artur
Zanella, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata
que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º
Secretário e Presidente.
(Obs.: A Ata digitada nos Anais é cópia fiel do documento original.)
O SR. PRESIDENTE (Airto
Ferronato):
Declaramos aberta esta Sessão Solene que se destina à entrega do Título
Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao nosso ilustre jornalista,
amigo desta Casa e da Cidade de Porto Alegre, José Barrionuevo, conforme
Requerimento nº 19/92, de autoria do Ver. Artur Zanella.
Acompanham-nos na Mesa: o Exmo. Sr. Chefe da Casa Civil, Dr. Nelson
Proença, representando o Sr. Governador do Estado; o Exmo. Sr. Jornalista
Adaucto Vasconcellos, representando o Sr. Prefeito Municipal; o Exmo. Sr.
Presidente em exercício da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do
Sul, Deputado Quitilhano Vieira; o Exmo. Sr. José Barrionuevo, homenageado na
tarde de hoje; a Exma. Sra. Marisa Barrionuevo, esposa do homenageado; o Exmo.
Sr. Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Dr. Luiz Melíbio Uiraçaba; o
Exmo. Sr. Dr. Cláudio Bonatto, representante da Procuradoria Geral de Justiça.
Senhoras, Senhores, ilustres autoridades, Srs. Vereadores, Srs.
Secretários e Deputados. Em primeiro lugar, eu gostaria, em nome desta
Presidência, de aproveitar esta oportunidade ímpar que me é dada para
cumprimentar a Câmara Municipal de Porto Alegre por esta iniciativa de
homenagear o nosso ilustre Jornalista José Barrionuevo. Cumprimento também o
Ver. Artur Zanella, que é o proponente desse Requerimento, o qual teve a
aprovação unânime dos Srs. Vereadores. A presença de tantas autoridades e
ilustres visitantes e amigos do nosso homenageado demonstra o acerto que a
Câmara teve quando aprovou esse título.
Para mim é uma satisfação ter esta possibilidade de presidir a Casa
neste momento em que esta Sessão se procede e que tem por objetivo homenagear a
ilustre figura do jornalismo, o nosso amigo José Barrionuevo, jornalista que
está sempre em busca de soluções para os problemas de nossa comunidade. O
Barrionuevo tem uma carreira pontilhada de êxitos. Desde os tempos duros da
repressão, quando soube driblar a censura com maestria, durante sua bem-sucedida
passagem pela Empresa Jornalística Cladas Júnior, até os dias atuais, na RBS,
nosso homenageado tem marcado sua atuação com inteligência e sensatez.
A imprensa, exercida de modo consciente e responsável, tem o papel
importante de auxiliar a comunidade que representa a desenvolver seu senso
crítico, podendo exigir e pressionar pelos seus direitos como cidadão. A
imprensa consciente e responsável também é auxiliar indispensável para quem
exerce tanto o trabalho executivo como o legislativo no serviço público,
ajudando-nos a estabelecer parâmetros e a conhecer os anseios da coletividade.
Dentro desse espírito, não podemos deixar de reconhecer o destaque
merecido das atividades da "Zero Hora", em especial no que diz
respeito à página liderada pelo Jornalista José Barrionuevo, mesmo quando suas
palavras são de críticas. Certamente, quem está à frente de uma instituição
sempre será sujeito a elas. Temos avaliado de modo a aprimorar e até para
corrigir nossas atividades.
Com satisfação, passo a palavra ao proponente, Ver. Artur Zanella, que
fala também em nome da Bancada do PP.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Comentava, há
poucos minutos, que esta Sessão é uma tragédia para a Relações Públicas e para
o Cerimonial porque, provavelmente, no decorrer das nossa orações, podemos
esquecer algumas pessoas. Não posso esquecer alguns Deputados que aqui vejo:
Dep. Paulo Azeredo, do PDT; Dep. Sérgio Zambiasi, do PTB; Dep. Piccinini,
também do PTB, Dep. Arno Frantz, do PPR; Dep. João Fischer, também do PPR; e
tantas pessoas amigas desta Cidade, desta Casa, que nos dão a honra e o prazer
de suas presenças. Dizia que seria um terror para o Cerimonial. É um terror
também para o orador, que deveria agradecer a presença de todos nominalmente,
mas não é possível. Então, aleatoriamente, e arriscando, também, a ser mal
interpretado, eu queria resumir a minha saudação às pessoas que aqui estão: aos
políticos, no nome de Rubens Ardenghi; aos empresários, no querido Presidente
da FEDERASUL, Antônio Karl Biedermann; e às mulheres, na minha sempre amiga
Maria Teresa Druck Bastides.
Meus senhores, acompanho a carreira do Barrionuevo desde os tempos em
que aqui chegou vindo de Gaurama, passando pela Caldas Júnior, hoje na RBS. E o
Barrionuevo, com quem nunca tive relações pessoais muito estreitas ou
afetuosas, foi escolhido para apresentação desse título - temos direito a um
título por ano - porque eu tenho a imprensa como representante de uma era de
transformação política. Vivemos neste País uma era de ebulição. Os
acontecimentos se multiplicam, se atropelam, e o povo, os políticos, as pessoas
de todas as classes sociais se perguntam aonde é que nós vamos. É necessário, então, que haja uma perfeita
informação por parte dos órgãos da imprensa para que essas informações cheguem
à população, e, queiramos ou não queiramos, o poder orientador dos cronistas
políticos é muito importante. E é por isso, então, que, entre tantos
jornalistas que existem na Cidade, eu apresentei este título tornando o
Barrionuevo "Cidadão de Porto Alegre". Não é uma coisa pessoal,
somente, mas, principalmente, o que eu quero é que se homenageiem as pessoas
que transmitem para toda a população uma informação com que, às vezes, nós
concordamos, outras vezes, nós discordamos. Normalmente se concorda quando se
gosta; normalmente nós não concordamos com aquilo que não gostamos. Mas,
felizmente, nesta plêiade de pessoas que, de uma forma ou outra, procuram
orientar, nós temos um grupo seleto de pessoas - cronistas e jornalistas -, e o
Barrionuevo tem mantido aquilo que eu considero uma das suas grandes virtudes,
que é a abertura da sua coluna no jornal, na pág. 10, que é tão importante que,
às vezes, sai na pág. 12 ou na pág. 8, mas sempre é a "Página 10",
porque é, normalmente, uma das colunas mais procuradas, principalmente pelos
políticos, para que nós tenhamos naquele dia, praticamente - e muita gente
reclama disso -, até, quem sabe, uma pauta para que nós possamos discutir os
problemas deste País, deste Estado e deste Município.
Então, eu queria dizer exatamente isto: eu mantenho com o Barrionuevo
uma relação restrita de profissionalismo. Ele é uma pessoa que coloca na sua
coluna aquilo que ele pensa, concordem ou não as pessoas. Muitas delas não concordam,
e muitas vezes eu até fico com vontade de telefonar e dizer que não é assim, e
não o faço, porque eu sei que ele é imune a esse tipo de coisas, daquilo que
nós chamamos de "plantar notícias". Eu posso não gostar, e de vez em
quando, quando o encontro, digo-lhe: "Dessa não gostei". Mas tenho
absoluta tranqüilidade em dizer que a sua coluna reflete uma opinião importante
e independente.
É por isso que hoje, Barrionuevo, nesta Câmara Municipal de Vereadores,
que existe, segundo meus cálculos, há 222 anos, nós, os trinta e três
Vereadores, estamos incluindo uma pessoa que veio de Gaurama - de vez em
quando, para atacá-lo, muitos o chamam de ex-seminarista - como um daqueles
"Cidadãos de Porto Alegre". Isso, na minha opinião, é uma responsabilidade
muito grande.
Costumo dizer que, quando a Câmara Municipal de Vereadores começou a
existir - primeiro em Viamão, depois em Porto Alegre -, não existiam os Estados
da América do Norte. Os Estados Unidos da América do Norte não eram
independentes e a Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre já existia.
Não havia acontecido a Revolução Francesa e a Câmara Municipal de Porto Alegre
já existia. Não havia Prefeito nesta Cidade e a Câmara Municipal já existia. É
por isso que nós, Vereadores, temos total legitimidade para dizer quais as
pessoas que merecem ser cidadãs de Porto Alegre. Uma delas, dentro do meu
conceito, é o Sr. José Barrionuevo, que hoje, juntamente com sua esposa Marisa,
com seus filhos Diego e Aline, recebe uma responsabilidade muito grande, porque
isto que está ocorrendo no dia de hoje não é um fecho da colaboração que o
Barrionuevo tem que ter com esta Cidade, não é o final de suas
responsabilidades com Porto Alegre, mas é o início de um trabalho que ele tem
que fazer cada vez mais em prol desta Cidade, que recebeu a todos nós e a qual
tanto amamos e tanto queremos. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Nereu
D'Ávila pelo PDT.
O SR. NEREU D'ÁVILA: Sr. Presidente. (Saúda os
demais componentes da Mesa.) Srs. Deputados, Srs. Vereadores, representantes de
associações, jornalistas que prestigiam este ato. Senhoras e Senhores. Vendo
esta representatividade toda, Barrionuevo, dá uma idéia da tua responsabilidade
naquela "Página 10".
Evidentemente, nós, Vereadores de Porto Alegre, nos sentimos também
muito honrados em poder outorgar, afinal de contas, a um dos mais ilustres
jornalistas da classe política, poder homenageá-lo através do título que o
nobre Ver. Artur Zanella propôs e esta Casa aprovou por unanimidade para
classificar a importância que damos. E permita-me dizer, Barrionuevo, que
amplificamos esta homenagem, através do teu nome, àqueles analistas políticos
que, de uma maneira ou de outra, convivem conosco, nos representam, porque
analisam os nossos atos. Então, dentro dessa medida, o ato fica amplificado.
Aliás, quem fala em nome da Bancada normalmente é o proponente - o Ver. Artur
Zanella, que falaria pela Bancada do PDT. Mas pedi a ele que falasse em nome
pessoal, como proponente, e concedesse ao Líder da Bancada, dos nove
Vereadores, para ampliar a importância
do ato político porque se trata de um jornalista de amplitude política, de
dimensões muito grandes no Rio Grande do Sul.
Não se trata de encômios ou bajulações à pessoa do José Barrionuevo,
que o proponente acaba de exaltar pela sua ilibada atuação anterior dentro das
diversas atividades que exerceu no jornalismo gaúcho, mas, muito mais do que
isso, se trata da representatividade de quem tem uma responsabilidade conosco,
porque nós somos, também, artífices desse processo, o contraponto daquilo que
os analistas políticos exercem. Além da pessoa que homenageamos, mais do que
ela, homenageamos a sociedade gaúcha aqui representada, o que dá a dimensão do
alcance, da amplitude da representatividade política do homenageado muito além
da sua homenagem pessoal, e que também a merece.
Eu costumo dizer que a grandeza do homem não se mede pela vida que ele
possa levar, seja ela uma vida pomposa ou obscura. A grandeza do homem se mede
pelos atos que pratica, pelas idéias que difunde ou pelo sentimento que ele
comunica aos semelhantes. Aí vêm as idéias que um jornalista propõe quando
analisa fatos além do jornal, no rádio ou na TV, dos sentimentos que esse
jornalista muitas vezes experimenta com a possibilidade de uma denúncia e com a
repercussão que sabe que vai ter pela importância dos veículos que representa.
Então, ele, muitas vezes, se auto-reprime para não fazer uma denúncia que
depois não venha a corresponder aos fatos verdadeiros.
Para respeitar o meu tempo, e em respeito a esta homenagem, eu, que
ainda tinha alinhavado algumas questões, encerro dizendo o que o Vereador
proponente já sintetizou: que aqui não cabe concordar ou discordar das opiniões
do nobre jornalista. Aliás, diga-se de passagem e registre-se para os anais da
história, estamos vivendo uma das grandes plenitudes, graças a Deus, neste
País: a plena democracia exercida com a ampla e absoluta liberdade de imprensa.
Sem essa não há democracia e muito menos liberdade absoluta. Por isso, também
neste momento nos ufanamos de, graças a Deus, depois de longos anos obscuros,
podermos hoje dizer o que quisermos e, se afirmarmos aquilo que ofenda, por um
motivo ou outro, alguém, este buscará o reparo na Justiça, que também, graças a
Deus, se mantém dentro dos mais absolutos cânones de liberdade.
Que essa homenagem seja o ápice de tudo isso - liberdade de imprensa,
liberdade política e tudo -, mas que a responsabilidade do jornalista em
analisar os fatos conosco continue restrita à verdade, como tem sido até agora.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, a Vera.
Clênia Maranhão pela Bancada do PMDB.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, José Barrionuevo, nosso homenageado desta tarde, demais autoridades
já nominadas que compõem a Mesa. Quero dizer que falo, neste momento, em meu
nome pessoal e em nome da Bancada do PMDB.
Ser colunista político do jornal mais influente do Rio Grande do Sul
não é tarefa das mais fáceis. Devo dizer, até, que se trata de uma das mais
delicadas responsabilidades do jornalismo. Quem não sabe da importância de uma
simples nota em um jornal que tem a circulação média de duzentos mil
exemplares? A divulgação de uma informação pode mudar, muitas vezes, o rumo dos
acontecimentos. Pode até mudar o rumo de nossas vidas e de toda a população.
Sabemos também que nem sempre é muito fácil ter que lidar diariamente com os
políticos, cada um com suas idéias, teses, lutas, derrotas e vitórias.
Fechar uma coluna diária em um jornal influente como "Zero
Hora" deve ser realmente estimulante e ao mesmo tempo estressante. O
grande volume de informações que, com certeza, chega todos os dias na mesa de
José Barrionuevo exige clareza, bom senso e lucidez para decidir o que será ou
não publicado. Também é necessário ter coragem para divulgar notícias que não
sejam do interesse de todos.
É com muita satisfação que homenageamos nesta Casa o ilustre Jornalista
José Barrionuevo pela sua inegável importância e contribuição ao jornalismo gaúcho.
Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Como extensão da Mesa,
queremos citar as presenças da Aline e do Diego, filhos do nosso homenageado;
dos Deputados Estaduais Sérgio Zambiasi, João Fischer, Arno Frantz, Bernardo de
Souza, Paulo Azeredo, Luiz Carlos Casagrande e Lederino Piccinini. Citamos
também as presenças dos nossos Vereadores, além daqueles que vão fazer o uso da
palavra: Vereadores Mário Fraga, Clóvis Ilgenfritz, Luiz Braz, Isaac Ainhorn,
Pedro Américo Leal, Milton Zuanazzi, João Motta, Henrique Fontana. Registramos
também as presenças do Dr. Clóvis Ferreti, Procurador-Geral da Assembléia
Legislativa do Rio Grande do Sul; Dr. Rubens Ardenghi, Secretário-Geral do PTB;
dos ex-Vereadores Frederico Barbosa, Wilson Santos, Hermes Dutra; da Sra. Maria
Teresa Bastides, representando o Grupo Habitasul; do Sr. Mário Fischer,
representando, neste ato, o Delegado do MEC no Rio Grande do Sul; do Cel. Irani
Flores da Siqueira, representando o Comando Militar do Sul; Jornalista Firmino
Cardoso, neste ato representando a ARI; do Dr. Antônio Karl Biedermann,
Presidente da Associação Comercial de Porto Alegre; do Sr. Jorge Olavo Carvalho
Leite, representando o Grupo Hospitalar Conceição; do Sr. Sérgio Schapke,
Presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas; do Sr. Hugo Filipini,
representando a Diretoria da Cia. União de Seguros; do Sr. João Batista Brool,
representando a Direção-Geral do DAER; do Sr. Marco Antônio Baggio,
representando a Direção da Rádio Gaúcha; do Dr. Berfram Rosado, Presidente da
CORSAN; do Sr. Walter Souza, representante do Sindicato dos Trabalhadores da
Indústria da Construção Civil de Porto Alegre; do Sr. Humberto Cesar Busnello,
representando a FIERGS; do Sr. João Carlos Bona Garcia, representando a
Fundação do Desenvolvimento de Recursos Humanos do Estado e do PMDB Regional,
nosso Secretário-Geral do Partido; do Sr. José Júlio Carucio, representando a
Secretaria de Desenvolvimento de Assuntos Internacionais.
Passamos a palavra ao Ver. Jocelin Azambuja, que fala pela sua Bancada,
o PTB.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Aqui falamos em nome do Partido
Trabalhista Brasileiro, em nome dos Vereadores desta Bancada - Ver. Luiz Braz,
Ver. Paulo Brum e Ver. Edi Morelli.
É sempre uma responsabilidade muito grande a de poder dizer algumas
palavras e tentar expressar um sentimento. Eu, outro dia, lia a matéria de um
jornal do Sindicato dos Jornalistas em que o Jornalista Barrionuevo dava uma
entrevista e dizia: "É plenamente possível manter a independência nas
coberturas políticas." E, grifado, dizia: "Isto depende da
competência de cada profissional." É verdade. Cada profissional
distingue-se pela sua competência.
Vivemos um momento muito difícil na vida nacional, um momento em que a
ética, em todos os locais, está sendo discutida: no Judiciário, no Legislativo
e no Executivo. Em todas as áreas questiona-se o que é ser ético, o que é ser
profissional, o que é poder, realmente, desenvolver um trabalho sério e de
responsabilidade.
Outro dia fiquei triste ao ver que, de repente, numa área em que tanto
luto, que é a área da educação, base de tudo para o desenvolvimento de uma
sociedade - e que esta sociedade tem tão mal compreendido e tratado -,
dizia-se, em determinado momento, que os professores começaram a dar aula de
acordo com o salário que ganhavam. Fiquei a questionar: imagina se cada um
começar a trabalhar de acordo com o que ganha e o médico parar a cirurgia no
momento em que disser: "Olha, este salário aqui, do INSS, é pouco; então
eu faço a cirurgia até aqui e depois não farei mais." Um jornalista, quem
sabe, faria um terço do seu trabalho, o outro faria um décimo, etc. Vejam o que
é o futuro de uma sociedade no momento em que, num campo fundamental, crítico,
de segurança da sociedade, os profissionais admitem que vão passar a trabalhar
de acordo com o que ganham. Isso é a quebra de todo e qualquer princípio moral
e ético. Imaginem a responsabilidade de um jornalista que pode construir ou
destruir com as suas palavras ou com aquilo que escreve. Imaginem a
responsabilidade da imprensa, que se diz, até, que é o primeiro poder, acima de
qualquer outro. Que capacidade de poder construir e destruir! Vejam quanto se
desperdiça neste País na construção verdadeira de um grande país e de uma
sociedade melhor.
É importante que a Câmara de Vereadores de Porto Alegre preste esta
homenagem ao José Barrionuevo, que há mais de vinte anos exerce dignamente a
sua profissão, recebendo as críticas, os aplausos. Enfim, é um profissional.
Temos que respeitar os grandes profissionais, aqueles que se destacam na
sociedade, aqueles que têm capacidade de desenvolvimento e de progresso. O
Barrionuevo demostrou isso ao longo dos tempos. Nunca tive oportunidade de um
convívio mais íntimo com a sua pessoa, com a sua família, mas acredito que é a
base do seu esteio, porque sem os seus filhos, sem a sua esposa, sem construir
um lar, ele não teria construído a sua vida profissional. Por isso que esta
homenagem que nós, do Partido Trabalhista Brasileiro, fazemos e a homenagem que
a Câmara de Vereadores faz é muito importante, porque a presta a alguém que
desenvolve um trabalho sério e responsável, que talvez não agrade a tantos, que
talvez não satisfaça a tantos, mas que é um compromisso seu de trabalho
profissional. Isso, realmente, é muito importante.
Porto Alegre - tenham certeza os senhores - vai sentir-se mais
engrandecida prestando hoje esta homenagem a José Barrionuevo, como já prestou
a tantas outras figuras ilustres da nossa sociedade. São momentos como este que
alegram a todos nós. Continue sendo profissional, Barrionuevo. É isso que a
sociedade quer de ti, é disso que Porto Alegre precisa por parte de seus filhos
e é isso que queremos de todos aqueles que estão dando de si para o futuro da
nossa sociedade, do nosso Município de Porto Alegre, do nosso Rio Grande do Sul
e do nosso País, que precisam tanto de homens sérios e dignos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a
palavra para falar em nome da Bancada do PPR.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) A imprensa, numa
definição que li e penso que é a mais perfeita, é a pesquisa da verdade. E
nessa pesquisa da verdade o jornalista tem que se esmerar, viver
incompreensões, dificuldades, mas, sobretudo, ele tem que ter responsabilidade,
porque vai formar a opinião pública. É a mesma coisa que o político deve fazer:
a pesquisa da verdade, que termina levando à realização do bem-comum. Então, o
bom jornalista faz isso. Esse bom jornalista foi reconhecido pela Câmara
Municipal, porque, no seu trabalho, muitas vezes incompreendido, criticado,
outras tantas e muitas mais aplaudido pela excelência do trabalho, faz com que
a opinião pública se forme com lisura, com tranqüilidade. Passadas as
incompreensões, as dificuldades, se vê que o jornalista foi perfeito,
responsável, deu oportunidade de defesa a quem estava sendo criticado. Esse é o
trabalho do jornalista. Queremos que continue assim.
Um jornalista vive sempre num palco, que é iluminado, e os refletores
estão sobre ele. Aparentemente, o jornalista tem a vida mais fácil; nada é
dificuldade, tudo se resolve, tudo é tranqüilo: ele ganha bem, não tem
problema. Isso é pura fantasia. E para que ele consiga trabalhar e continuar
trabalhando, na forma como ele faz, é preciso que alguém mais lhe dê apoio, e
apoio permanente. E foi por isso que, quando eu fiz a saudação, eu disse
"ao casal homenageado", à Dona Marisa e ao José Barrionuevo, mas
também ao Diego e a Aline, que, nas horas difíceis do nosso homenageado, quando
viram o pai chegar em casa, o marido chegar em casa e o aplaudiram, era a maior
platéia que ele poderia encontrar, dando-lhe entusiasmo, dando-lhe força para
que continuasse sendo o mesmo homem, para que, apesar das dificuldades, não se
entregasse e continuasse fazendo imprensa, ou seja, a pesquisa da verdade.
Meu caro Barrionuevo, na vida de todos nós, nós temos um banco. Neste
banco nós colocamos, nós depositamos nossas grandes emoções, porque há momentos
em que vamos precisar delas. Então, na nossa poupança, na tua poupança, coloca
esse momento de glória de hoje, junto com os teus familiares, e tomara que não
seja necessário, mas, se um dia for necessário, usa essa poupança de hoje. Hoje
a glória, a amizade, o respeito, o carinho da Cidade de Porto Alegre está-lhe
sendo tributado. Usa tudo isso com todo o carinho e continua nesta trilha
segura e firme, pesquisando a verdade e fazendo o bem-comum. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao
Ver. Reginaldo Pujol, que falará em nome da sua Bancada, o PFL.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da
Mesa.) Caro Jornalista José Barrionuevo e sua Exma. esposa. Nós, do Partido da
Frente Liberal, somamo-nos aos demais partidos com assento na Casa na homenagem
que hoje a Cidade de Porto Alegre presta ao destacado Jornalista José
Barrionuevo. Há poucos minutos eu recebi um telefonema do Dep. Jair Soares, que
pedia que em seu nome eu estendesse ao ilustre homenageado o seu abraço e as
suas homenagens, como de resto me pede o Dep. Germano Bonow, que aqui se faz
presente na figura do seu Assessor Marcelo Balbo Teixeira, que lhe transmita
idênticos sentimentos.
Tivemos oportunidade de ouvir, até o presente momento, diferentes
segmentos representados na Casa, posturas ideológicas diversificadas, que
convergem no sentido de saudar a decisão do Legislativo Porto-Alegrense que, em
inspirado momento, decidiu pela concessão da Cidadania Emérita desta Cidade a
esse filho de Gaurama que veio cedo lutar na Cidade de Porto Alegre, buscando
seu espaço. Na visão liberal, esse é um dos exemplos mais edificantes. Nós
acreditamos numa sociedade onde a qualificação, a capacidade de luta, o desejo
de encontrar caminhos se abram a vários "Barrionuevos" que, na vida,
tenham que se deslocar das suas cidades para, na grande cidade, buscar a
afirmação de seus propósitos e de seus desejos.
Eu discutia com meu amigo e companheiro de jornada Frederico Otávio
Domingues Barbosa da conveniência de que nós, liberais, usássemos desta tribuna
nesta hora muito mais para enfatizar a figura humana do nosso homenageado do
que propriamente para descrever a sua vitória profissional, o seu credenciamento
como jornalista, fato este já amplamente evidenciado pelos nossos companheiros
de representação política na Casa e que nos antecederam na tribuna. Então, meus
Senhores e minhas Senhoras, acertamos que, para nós, seria mais importante
falar sobre o homem José Barrionuevo, o homem simples, o homem que é chefe de
família, que é pai extremoso, que luta para ser caseiro, que é ligado
amplamente à vida familiar e que busca, nos poucos momentos que lhe sobram,
conviver com a sua esposa Marisa, com seus filhos Aline e Diego e cuidar de sua
hortinha caseira, que tem no fundo do quintal, e como filho de Gaurama, ainda
que hoje se transformando em Cidadão de Porto Alegre, sorver o seu chimarrão,
lembrando das suas origens. É esse Barrionuevo caseiro que fui conhecer há mais
de vinte anos na minha Quaraí, num jipe que teimava em trepidar numa estrada
que nos ligava a uma fazenda que distava 15km da minha Cidade, onde havíamos,
com algumas personalidades da vida política da época, confraternizado em torno
do tradicional churrasco da minha Cidade.
Barrionuevo, aquele trepidar do jipe é a nossa vida que continua
trepidando. Ela é cheia de caminhos e descaminhos, mas, certamente, é no
aconchego do teu lar, com tua esposa, com teus filhos, que sei que o grande aplauso
surgirá, porque sei que tu, que te acostumaste à crítica e ao aplauso pela
forma polêmica com que ocupas teu espaço jornalístico e te dedicas a tua
atividade profissional, sabes que, no fundo, ninguém consegue ser nada na vida
se não for um bom chefe de família, um pai extremoso, um companheiro da sua
maior companheira, que é aquela que temos permanentemente no nosso lado.
Continua sendo assim, Barrionuevo. Quero continuar te vendo aquele
cabra que sentia o balançar do jipe, mas sabia que, cedo ou tarde, chegaríamos.
No caminho, tinhas determinação de chegar a um bom fim. Meus cumprimentos,
minhas homenagens pela tua vitória pessoal, que te impuseste, na tua profissão,
e na consideração da Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença da
Vera. Maria do Rosário. Recebemos "fax" do Prefeito Municipal de
Caxias do Sul, Sr. Mário Vanin, cumprimentando o homenageado.
A Vera. Helena Bonumá está com a palavra em nome da Bancada do PT.
A SRA. HELENA BONUMÁ: Sr. Presidente; Sr. José
Barrionuevo, homenageado de hoje desta Câmara de Vereadores; demais componentes
da Mesa; Srs. Deputados; demais autoridades; familiares do Jornalista José
Barrionuevo; Senhores e Senhoras que nos acompanham nesta Sessão Solene. O
Partido dos Trabalhadores entende que não poderia deixar de comparecer a esta
Sessão basicamente por dois motivos.
Em primeiro lugar, porque entendemos que uma condição fundamental para
o desenvolvimento da democracia na nossa sociedade é o respeito à pluralidade,
às diferenças culturais, políticas, ideológicas, dentre outras tantas
características que nos distinguem como seres humanos, como grupos sociais,
como partidos e setores políticos da sociedade. A necessidade do respeito à
diferença e à democracia não é teórica ou abstrata; ela é fruto da experiência
concreta da humanidade, e particularmente, aqui, do povo brasileiro,
principalmente nas últimas décadas que temos vivido e que se referem à nossa
existência política, a qual todos nós temos acompanhado.
Diversos conflitos e barbarismos de todo tipo ainda indicam que temos
muito a andar em termos de uma humanização plena das relações pessoais e
sociais como forma de construção de uma sociedade mais justa e fraterna, que é
o objetivo final da política. Portanto, faz parte das nossas prioridades, como
partido político representando aqui em Porto Alegre uma parcela expressiva da
população, a garantia do pluralismo como condição para a democracia, para a
qual o nosso fazer político cotidiano busca contribuir. Ao mesmo tempo, temos a
convicção de que esta Casa, esta Câmara de Vereadores, como um espaço político
e democrático, bem reflete a pluralidade da nossa sociedade e da nossa Cidade,
trazendo para cá os interesses e a representatividade dos diversos segmentos
que a compõem.
Há pouco mais de um ano esta Câmara homenageou, por iniciativa desta
Vereadora, também com o Título de Cidadão de Porto Alegre, a Ivanete Tonin, a
Nina, do Movimento Sem-Terra, num reconhecimento da luta dessa parcela excluída
da nossa sociedade e da figura emblemática dessa mulher lutadora pela reforma
agrária. Muitas outras têm sido as homenagens que esta Câmara tem prestado
pelas diversas bancadas e pelos diversos Vereadores. Entendemos que todos nós
temos o direito de homenagear os nossos e temos, principalmente, o dever de
respeitar o pluralismo como condição para a construção da democracia.
O segundo motivo pelo qual entendemos ser importante participar desta
Sessão é que uma homenagem a um homem da imprensa, comentarista político, nos
remete ao papel que os meios de comunicação e particularmente o jornalismo
político têm cumprido em nosso País nos últimos anos. Somos um país continental
num frágil enraizamento nas organizações da sociedade civil e com uma forte
presença da mídia.
Podemos dizer que, do final da década de 80 para cá, a política vira
espetáculo graças à mediatização do fazer político com conseqüências restritas
ao nosso real processo de democratização. São inúmeros os exemplos. Nesta
Câmara, temos debatido muito sobre esse assunto e não é o caso de citá-los
aqui. Particularmente, a relação da política com a mídia questiona o próprio
futuro do que se convencionou chamar de política. Alguns Vereadores hoje, aqui,
já referenciaram isso, as mudanças que esse avanço nos meios de comunicação da
sociedade têm trazido para a própria política. Torna-se isso uma questão de
grande complexidade teórico-política, merecendo um debate mais aprofundado que
inúmeras vezes tem sido registrado nesta tribuna a partir de questões concretas
que ocorrem na nossa Cidade e no restante do nosso País. A luta política
contemporânea pelo alargamento da participação da população nos destinos do
País, e aqui, particularmente, nos destinos da nossa Cidade, pela socialização
real da política, pela desconcentração do poder, enfim, pela realização de uma
efetiva e radical democracia na sociedade, requer uma radical democratização
também dos meios de comunicação e do acesso às informações. A atividade
política é exercida na dimensão pública da sociedade através, principalmente,
de dois canais: a mediação dos meios de comunicação e através do seu contato
direto de intervenção concreta junto a setores organizados da população. Em um
país com características como o nosso, onde a sociedade civil tem uma frágil e
desrespeitada experiência de organização e onde os meios de comunicação estão
na mão de uns poucos monopólios sintonizados com os interesses das elites
dominantes, a possibilidade de democracia ainda é restrita. É uma perversa
lógica que percebe e utiliza os aparatos de comunicação como locais
privilegiados de concentração de poder, de um poder tão fundamental que pode se
falar, sem medo de errar, que sem a democratização de comunicação e seu
controle público não se poderá falar em democracia real no País.
Por fim, para finalizar este debate, com a tolerância da presidência,
nosso partido tem tido, com o homenageado, por diversas vezes, divergências
quanto à visão do que seja melhor para os rumos da política e para os rumos da
nossa Cidade, mas nós achamos que estas questões fazem parte do debate
necessário que o País e particularmente Porto Alegre têm que enfrentar para
construir o seu futuro. Nossa bancada entende que a comunicação democrática tem
como pressuposto uma ética das relações entre os conflitos, cuja garantia
repousa na efetivação da socialização do poder político e econômico, sem o que
sempre haverá, por parte de quem tem o monopólio, a autoridade da palavra e do
poder.
A vocação democrática do nosso partido é que nos impulsiona a lutar
pelo espaço para que jornalistas de opinião como o Sr. Barrionuevo -
homenageado de hoje - e para que partidos de opinião - como o nosso - tenham,
democraticamente, para suas manifestações, o espaço garantido como contribuição
ao debate político e à democratização da nossa sociedade. Este é o sentido de
nossa presença nesta Sessão. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Registramos, também, a
presença do Sr. Gianfranco Cimenti, Presidente do Sindicato da Indústria da
Construção Civil de Porto Alegre.
O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra e falará em nome da sua
Bancada, o PPS.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) As relações do jornalista com o
governo remontam aos primórdios dos parlamentos e do surgimento da imprensa. E
notem que eu não falei em imprensa e nem em poder. Uma é a instituição, e o
outro é a diferença sociológica que separa governo e poder. Mas hoje é difícil
de se conseguir separar esta relação, até porque ao jornalista, como ser
humano, cabe uma responsabilidade enorme nesse concerto de dirigir a sociedade.
E não é outra a razão desta seleta assistência hoje, aqui nesta Casa, poucas
vezes acontecida: a importância que se dá ao cidadão que, circunstancialmente,
exerce essa soma de poder. E por isso, Barrionuevo, não vamos tratar aqui de
aprofundar essas relações - o conceito de jornalismo político, de influência
que o cidadão jornalista tem. Apenas vamos ficar na planície, dizendo, nesta
breve saudação, que gostaríamos e gostaremos que, como Cidadão Emérito de Porto
Alegre, tu continues sendo o homem comum que todos nós queremos ser, que a
nossa visão política seja transmitida através dos teus comentários com o grau
de intensidade com que cada homem, cada cidadão, vê o momento político que
passamos.
Nós, particularmente, representantes da Cidade de Porto Alegre, temos
uma preocupação em exaltar o poder local que hoje, no concerto político que se
estabelece no mundo, é um dos fatores primordiais da perseguição do bem-comum.
É no Município onde se assentam os pés do cidadão comum, é onde ele vive, onde
ele transita, onde ele se diverte, onde ele padece, onde ele ri, onde ele
chora, onde ele se alimenta, onde vive a sua vida com seus descendentes. A
perpetuação da espécie dá-se no Município e, por isso, hoje o Município é um
fator fundamental de poder político, com todas as implicações que ele tem.
Teremos a ventura de ter um jornalista político, como Porto Alegre já teve
jornalista políticos de nome nacional e internacional. José Barrionuevo é mais
um dos jornalistas políticos de Porto Alegre que se sobressai.
Apenas para uma referência histórica, vou dizer que, antes de Porto
Alegre, vindo de Gaurama, passou por Santa Cruz do Sul, a nossa terra, onde ele
vai encontrar a sua companheira.
Barrionuevo, que a vida nos proporcione muitas alegrias como
concidadãos desta Cidade que queremos, gostamos, amamos e que temos a intenção
de fazer progredir cada vez mais. Parabéns pela cidadania! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença,
também, da ex-Vereadora Bernadete Vidal.
Com a palavra, o Ver. Antonio Hohlfeldt pelo
PSDB.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Deputado
Quintilhano Vieira, a Mesa e, obviamente, a Marisa e o José Barrionuevo. É uma
tarefa ingrata falar depois dessa série de companheiros. Ao mesmo tempo, é um
desafio e uma alegria. Certamente tu, que acostumaste, ao longo desses anos,
neste horário, a estar absolutamente azafamado com o fechamento de página desde
os tempos dos jornais em Santa Cruz, depois no "Correio", hoje em
"Zero Hora", deves estar descobrindo que, às vezes, é mais difícil
agüentar uma Sessão, num Legislativo, do que fazer o trabalho de edição do
jornalismo. Digo isso porque reparto com o Barrionuevo, na condição de
jornalista, também essa função - eventualmente, hoje em dia.
Barrionuevo, quero aqui falar não apenas em nome do Partido Social
Democrático Brasileiro - o PSDB -, mas
também do meu companheiro, Dep. Estadual Paulo Vidal, que está viajando e não
pôde comparecer a esta Sessão.
Retomando algumas coisas que o Ver. Lauro Hagemann abordava, não é por
acaso que, ao estudarmos a história do jornalismo, vinculamos a uma atividade
política a atividade do jornalismo. É bom lembrar que Júlio César, quando quis
controlar o Senado, obrigou-o a editar as "Actas Diurnas".
Normalmente, consideramos isso como a origem do jornalismo - pelo menos, como a
origem da primeira reportagem política. Ele queria, com isso, censurar o
Senado, mas não evitou a traição de Brutus. Mas, na verdade, esse jornalismo
político mudou de função, mudou de caráter, mudou de perspectiva e se tornou,
com o passar do tempo, o que denominamos de "quarto poder" e passou a
ter um peso significativo na formação da opinião pública. Se lermos qualquer
manual, por mais simples que seja, sobre opinião pública, veremos que essa é
talvez uma das mais importantes atividades da sociedade humana de um modo
geral, o que justifica, inclusive, esta assembléia na tarde de hoje.
Conheci o Barrionuevo há alguns anos na Redação do "Correio do
Povo" - ele, já experimentado jornalista, e eu, aprendendo a caminhar no
jornalismo e muito mais na política. Guardo alguns bons debates que travei com
Barrionuevo nos finais de tarde e, às vezes, na madrugada, quando estávamos
fechando páginas. Lembro, depois, eu já afastado do jornal, Vereador da Cidade,
de uma tarefa que o Barrionuevo participou com extremo empenho: a renovação do
"Correio do Povo", na sua
reabertura. Quero lembrar isso porque, além de todo o colunismo do José
Barrionuevo, há uma outra contribuição fundamental que, felizmente, para mim,
os companheiros que me antecederam não citaram aqui. É exatamente o projeto de
um novo jornalismo na reabertura do "Correio do Povo", que foi
fundamental para se evitar o monopólio de informação, o que é básico para a
democracia. Exatamente isso que nem nós, jornalistas, acreditávamos: que um
jornal pequeno - um tablóide -, para quem já tivera um grande jornal no Estado,
poderia dar certo. Era um novo conceito de informação. E o Barrionuevo, com a
pequena equipe que sobrara da Caldas Júnior, investiu.
Mas há mais contribuição do jornalista, não apenas do colunista
político. Quero relembrar, por exemplo, a experiência - fundamental para nós -
da "Revista Parlamento", que circulou no Estado do Rio Grande do Sul
durante muitos anos e na qual tive a honra de participar da equipe a convite do
José Barrionuevo, fazendo a página com as resenhas dos livros que se vinculavam
direta ou indiretamente à atividade política.
O Ver. Reginaldo Pujol citou a horta e eu vou citar o cozinheiro.
Afinal de contas, uma das coisas fundamentais é exatamente essa mania que
muitos de nós têm, certamente, de podermos, no nosso fim-de-semana ou no nosso
tempo livre, irmos para a cozinha substituir eventualmente as nossas
companheiras. Porque só cozinhamos, não é Barrionuevo? Depois, lavar é outra
coisa. Experimentar as panelas também é fundamental.
O profissional Barrionuevo enfrenta muitos desafios no dia-a-dia, mas
estamos aqui por uma questão fundamental: aprendemos a ter confiança no
jornalismo de José Barrionuevo. Duvido que alguém aqui já tenha algum dia
conversado em "off" com Barrionuevo, para usar o nosso jargão
jornalístico. Quando dizemos a ele "é ‘off’", ele respeitou, aguardou o momento oportuno de
lançar mão dessa informação e soube quando podia publicá-la ou não. Não falo só
dos Vereadores, dos Deputados. Falo dos empresários, de todos os que fazem a
vida política da Cidade, não só dos partidos políticos, mas que lidam com a
economia, com as decisões estratégicas de governo. Certamente, o Dep. Nelson
Proença, nessa função difícil, o nosso companheiro Adaucto Vasconcellos,
representante do Prefeito, já viveram essas situações: passarmos informações
que entendemos que o jornalista tem que ter, mas lhe dizemos: "Isso, por
enquanto, é ‘off’." E isso é respeitado pelo jornalista. Isso é que torna,
independente das discordâncias - como bem colocou a Vera. Helena Bonumá - que
eventualmente possamos ter tido, que faz o respeito da coluna, do espaço, hoje
da página de José Barrionuevo.
Por fim, queria registrar mais objetivamente o que nós, Vereadores
desta Casa, muito especialmente te devemos: o espaço da Câmara de Vereadores no
noticiário político. Houve momentos, nos anos 50 e 60, no "Correio do
Povo", em que existia meia página para a Câmara de Vereadores, ou na
"Folha da Tarde". Isso depois foi diminuindo. É importante a
atividade da Câmara. No teu espaço, antes no "Correio" e hoje na
"Zero Hora", como de resto no rádio e na televisão, tens dado o
espaço necessário à Câmara de Vereadores, não para diminuir a Assembléia, não
para diminuir os Executivos, mas para valorizar o poder local, que é o espaço
do cidadão, é onde, no fundo, a política de fato se concretiza, se exerce. Por
tudo isso é um mérito fundamental nesse trabalho do jornalista e comentarista
político José Barrionuevo. No seu espaço, a política deixou de ser a fofoca, o
boato, e se transformou na informação, com seriedade, dignidade e com
competência.
Mereces a presença de todas essas pessoas que representam tantos e
tantos outros segmentos da sociedade de Porto Alegre. Muito obrigado por teres
vindo a Porto Alegre e continuado nessa atividade em nossa Cidade. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Queremos registrar a
presença do Sr. Mayer, Presidente da SULGÁS do Rio Grande do Sul.
Convidamos o Ver. Artur Zanella para, junto com este Presidente, fazer
a entrega do Diploma.
(É feita a entrega do Diploma.)
Com a palavra, o nosso homenageado, Cidadão Emérito de Porto Alegre,
Jornalista José Barrionuevo.
O SR. JOSÉ BARRIONUEVO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Receber o título de Cidadão Emérito
de Porto Alegre é gloriosamente gratificante e constrangedor ao mesmo tempo.
Gratificante pelo reconhecimento que representa por parte de uma cidade e de
sua Casa Legislativa; também constrangedor pela certeza de que esta Cidade fez
muito, muito mais por mim do que poderia e deveria ter feito por ela para
merecer tamanha honraria. Porto Alegre foi a Cidade que escolhi para viver, que
escolhi para trabalhar, para formar família e criar meus filhos.
Vindo do Interior, vindo de Gaurama, de Erexim, Santa Cruz, aqui
encontrei a oportunidade de trabalhar, de crescer, de fincar raízes e de
estabelecer amizades sólidas e duradouras. O título que estou recebendo será
guardado com destaque naquele local em que depositamos nossas melhores
recordações, nossas mais gratas experiências, orgulhos e realizações; ocupará o
mesmo lugar, portanto, que reservamos aos nossos afetos. Sim, porque Porto
Alegre, antes de mais nada, nos conquista por sua empatia e pela riqueza nas
relações que podemos estabelecer numa Cidade.
Mas a concessão deste título por parte de uma casa política a um
jornalista político tem ainda outro significado. Tenho feito da crítica, que
sempre mantive e procurei manter em níveis ponderados, respeitosos, uma
ferramenta de trabalho ao longo de quase 25 anos de exercício profissional. E
essa Câmara de Vereadores tem sido, por vezes, objeto dessa crítica. Existirá
maior grandeza do que permitir, do que retribuir a crítica com a concessão de
uma láurea? Existe maior grandeza? É este o espírito da Câmara de Vereadores de
Porto Alegre, que reflete exatamente o espírito do povo desta Cidade. Além de
mostrar a elevada postura democrática desta Casa, revela uma compreensão, nem
sempre apreendida, do espírito que deve orientar o jornalista no exercício
diário de sua profissão. A Câmara de Porto Alegre soube e saberá crescer com a
crítica, fazer dela um elemento de reflexão e, acima de tudo, de crescimento.
E, como porta-voz eventual dessas críticas, só posso me sentir ainda mais
honrado por este título que recebo, honrado também, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, amigos aqui presentes, porque é concedido por uma Casa que tem se
destacado no Estado e no País pela qualidade de seus integrantes, pelos
princípios éticos, pelo amor à causa pública, o que também é um reflexo da
politização dos seus eleitores, dos cidadãos que delegaram aos senhores esse mandato sagrado de representar
o povo.
Não digo nada de novo a quem acompanha o meu trabalho no dia-a-dia,
nesta relação muitas vezes complicada entre a imprensa e o poder político, ao
referir o cuidado que sempre tive na crítica, na avaliação de conflitos comuns,
na disputa entre correntes diferentes de pensamentos, de preservar a
instituição política, esta instituição, esta Casa, o Parlamento, porque é nele
que se sustenta a democracia. É uma instituição que respeito profundamente,
porque nela está expressa a vontade soberana do povo, e, portanto, é uma missão
das mais sagradas esta de representar o povo neste Plenário, que é o estuário
das tensões, dos temores e das esperanças desta Cidade.
É com este sentimento, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que recebo o
título. Com este sentimento agradeço ao Ver. Artur Zanella, que ousou fazer
esta proposta ao Plenário, que mereceu a unanimidade desta Casa. Agradeço aos
Vereadores Nereu D'Ávila, Clênia Maranhão, Jocelin Azambuja, João Dib,
Reginaldo Pujol, Helena Bonumá, Lauro Hagemann, Antonio Hohlfeldt pelas
palavras bondosas, pelas palavras gentis, carinhosas, que me dedicaram.
Agradeço a presença de parentes, amigos vindos de longe, amigos que reencontro
após algum tempo. Agradeço a presença de companheiros de trabalho da RSB, uma
casa que me recebeu tão bem, onde tenho orgulho de trabalhar, colegas de outras
empresas, do "Correio do Povo", onde dediquei vinte anos da minha
vida, onde tenho muitos amigos. Marisa, minha mulher, companheira deste andar,
pela força, pelo apoio, nestes anos todos. Dona Aldir, meus filhos Diego e
Aline, pela compreensão. Sou um pai ausente, como todos os senhores que se
dedicam ao sacerdócio da política. Mas agradeço, especialmente, a Deus, a Ele,
que traça o nosso destino, que me conduziu até aqui, e é a Ele a quem devemos
prestar contas e louvar todos os dias. Obrigado, meus amigos, por esta
homenagem. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Ilustres componentes da
Mesa, nosso homenageado, Dona Marisa, Senhoras e Senhores. O Barrionuevo
iniciou suas atividades como jornalista em Porto Alegre, cobrindo a Câmara
Municipal de Porto Alegre, como lembrou bem o Ver. João Dib.
Senhores e Senhoras, eu tive a oportunidade de presidir diversas
Sessões Solenes. Certa vez, presidindo uma Sessão Solene, a Câmara concedeu o
Título de Cidadão de Porto Alegre a um estrangeiro, um senhor húngaro.
Lembro-me que ele chegou à Mesa e disse que não queria falar porque dizia não
saber falar, e eu insisti para que ele falasse alguma coisa. Ele disse assim: -
"Eu era filho adotivo de Porto Alegre, me sentia adotivo de Porto Alegre e
agora sou filho legítimo de Porto Alegre." E terminou a sua exposição.
Terminando esta nossa homenagem, gostaria de dizer que nosso
Barrionuevo passa a ser, a partir de agora, filho legítimo desta Cidade bela,
maravilhosa e grande, que é a nossa Porto Alegre. E quem de nós - e acredito
que todo brasileiro - não gostaria de ser um pouco, também, filho legítimo da
Cidade de Porto Alegre?
Parabéns em nome da Mesa Diretora, parabéns em nome de todos os
Vereadores, em nome dos presentes. Registramos e agradecemos a presença de
todos. Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 19h10min.)
* * * * *